"Death Was His Logical Choice"
O canal "Sky News" apresentou um documentário sobre Craig Ewert, um inglês de 59 anos que perante a dor e sofrimento próprio escolheu pôr termo à sua vida. O tema não é linear e coloca questões religiosas, filosóficas e médicas de díficil resposta. Ao ver as imagens do documentário detive-me na ideia de que é preciso uma grande coragem para dizer/impôr a alguém, que sofre além do humanamente admissível, que não pode decidir sobre a sua própria vida, mesmo que isso seja uma forma de colocar fim a um enorme sofrimento. É preciso pensar que estes casos só se colocam porque a doença, incapacidade, dependência é de tal forma grave que o paciente não consegue colocar, por si só, termo à própria vida. Todos os dias há casos de eutanásia a que, por uma questão semântica, chamam suicídio. Será justo o próprio não poder terminar com a sua própria dor? Qual a razão para a lei impedir um acto que não tem efeitos em ninguém a não ser o autor do mesmo?
Definitivamente sou favorável à eutanásia. Naturalmente em casos extremos, devidamente acompanhados e com a inequívoca certeza de que se trata da mais profunda vontade do paciente.
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